quarta-feira, setembro 20, 2006

FRUTOS DE OUTONO

Setembro! Fugia o estio,
Em passo largo...fugidio..

E nas árvores os frutos
Pendentes amaduravam,
lançando doces pedidos
Em ânsia de ser colhidos
Pelos seres que passavam!

Numa árvore nova ainda
Pendia um, solitário,
Nutrido por seiva pura...
Por sua pele e textura
dos outros parecia vário...

E porque era sòzinho
daquela árvora pendente,
passava o povo, a gente,
Ninguém via o pobrezinho
que clamava docemente!

E assim chega o Outono:
Aquele fruto sem dono
Jamais alguém o colheu...
E porque esse fruto era eu
Tornei-me forte, potente
E fiquei para semente!

É sina que Deus me deu!