terça-feira, abril 18, 2006

Poema de um crente!


Vais na vida andando
-nos dizeres teus-
falando, negando,
Que existe Deus!
E lá vais dizendo
Que o não vês, não sentes...
Não vês que, não vendo,
A ti próprio mentes?

Já viste a beleza
Que o inverno teve
na alva leveza
do cair da neve?

Ouviste algum dia
Ao nascer do Sol
O canto, a alegria
D'algum rouxinol?

Já ouviste o vento
Nas folhas tocar
E no seu lamento
traz ao pensamento
música elementar?

Já viste o sorriso
D'indizível esperança
Desenhado, preciso,
Em rosto de criança?

Já viste algum dia
Lá na serrania
Nos mais altos cumes
Ou nos largos prados
Os tons colorados,
Os doces perfumes,
Os milhões de cores
De múltiplas flores
Qu'alegram a alma
E na manhã calma
Suscitam amores?

Se não viste, és cego!
Não ouviste? És surdo!
Que Deus Ouve-se, Observa-se...
Pois está em nós...E em tudo!

quinta-feira, abril 13, 2006

O SUPLICIADO


Um Cristo crucificado
Povoa templos, salões,
E o seio desnudado
De mulheres aos milhões!

Aquele ser supliciado
Serve de exemplo aos vilões,
P'ra que se fique calado
E não haja violações,
Desse direito "sagrado"
Que é o de mandar, dos mandões.

Mas Cristo emerge da morte
Logo depois ter morrido!
E vive! E, de tal sorte,
Que os mandões perdem o norte
Em busca do "foragido"!

E perguntam por aí:
O que será feito dele?
Se ele aparecer por aqui
Té lh'arrancamos a pele...

Mas há-de chegar o tempo
Nítido, límpido, pressentido,
Em que será dado o exemplo
Pelo NOBRE foragido:
Aquele Ser, tão sofrido,
Expulsá-los-à do TEMPLO

Um tempo que vai surgindo...
Que eu já vislumbro e contemplo!

quarta-feira, abril 12, 2006

Amor? O que é?

Calo em mim um lamento
Sufoco um grito de dor
Por não ter, por um momento,
Provado o gosto, visto a cor,
Desse estranho sentimento
Que o vulgo diz ser o amor!

Olho com dor infinita
E com infinita fúria,
Esta cultura maldita
Que chama amor à luxúria...
E sabe, amigo leitor:
é duramente penoso
confundir com o amor
E transformar em tal cor
Um acto libidinoso!

terça-feira, abril 11, 2006

Pensamentos Poéticos


Se um grão de trigo tem que morrer para que nasça uma nova espiga, assim Cristo teve que morrer para que nascesse uma nova Humanidade.
Se as últimas gerações estão mal, de quem será a culpa?


Há sempre um grito na alma
De quem não tem calma!
Há sempre calma no grito
De quem não tem alma!
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